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Família feliz

CONFLITOS NO RELACIONAMENTO COM OS PAIS

Constelações Familiares - Os 5 Círculos do Amor - Parte I

1° CÍRCULO DO AMOR: OS PAIS


Se a coisa mais importante que temos é a vida, como podemos reclamar, julgar, agredir e negligenciar quem nos proporcionou estarmos vivos?


Nossos pais são a razão de nós respirarmos, é por meio deles que vivemos. Nesse caso, estou falando especificamente dos pais biológicos, nos processos de constelação os pais biológicos têm um papel que não pode ser ignorado, por mais que você não conheça esses peais, não tenha convivido com eles, nenhuma outra combinação biológica resultaria em você. Pense que você só é você por conta desse homem e dessa mulher.

Nascemos de pais e fomos criados por pais. A concepção de um ser humano é algo extraordinário, gerar a vida é algo divino. Nós nascemos de uma concepção divina que nos torna humanos, vivos nesse mundo. Os pais que você conheceu e que criaram você, foram as pessoas certas. Amar os nossos pais implica em entender que eles também foram filhos e que eles foram os melhores pais que puderam ser com os recursos que eles tinham. Nossos pais erram, são humanos. Os pais são pessoas.


Quando crianças não temos maturidade para reconhecer a humanidade dos nossos pais. Queremos que eles façam para nós o melhor, mas a nossa referência de melhor é a dos nossos sonhos e não a da realidade. Não sabemos e não reconhecemos as dificuldades de criar os filhos, lidar com as pressões, ganhar o sustento da casa, educar... Esse é o principal movimento do primeiro círculo, reconhecer a Humanidade dos nossos pais.

Devemos reconhecer que nossos pais não precisam de nós. Nossos pais poderiam ter vivido sem nós. Mas eles nos nutriram, nos amaram, nos cuidaram, na medida em que foi possível. Além disso, nossos pais, como filhos que foram, carregam também a realidade de que seus pais não precisavam deles – nossos pais também têm suas questões familiares, seus problemas e suas incongruências.

O primeiro círculo do amor envolve esse amor inicial, gestado no seio dos nossos geradores e cuidadores. Vem dos círculos de amor que nossos pais construíram (ou não) com os pais deles e assim gerações e gerações atrás. Nossa condição de dar amor passa pela situação de termos sido amados, ou melhor, pela nossa possibilidade de entender e aceitar que o amor que recebemos era aquilo que nossos pais puderam nos dar.


Esse primeiro movimento de amor, dentro do círculo dos pais, nos liberta de infelicidades que criamos na nossa mente, por esperarmos pais que não tínhamos, nos levando a aceitar e entender, honrar e amar os pais que tivemos/temos. Sem experimentar esse primeiro amor, essa primeira cura, não há possibilidade de crescermos e sermos melhores, porque sem um início de amor, o final dificilmente será amor.

Não importa se fomos gerados de forma esperada ou por um acidente. Não importa se fomos desejados e viemos no momento certo ou se um dos nossos pais pensou até em interromper essa gestação. Hellinger enfatiza que devemos tomas nossa história exatamente como ela é. Entende-la e aceita-la. O importante não é o que nossos pais fizeram ou não fizeram, é como nós assimilamos em nós as atitudes e ausência de nossos pais.

Ame recíproca e fundamentalmente os seus pais. Os pais que eles puderam ser. Os pais que eles conseguiram ser. Eles também forma filhos. Eles também sentiram o que você sente. Eles são humanos e erram, mas eles te deram a vida e te deram as condições para viver.

Gratidão, os seus pais, aos de seus pais, aos pais dos pais de seus pais, Assim, completamos o primeiro círculo do amor.

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